O coração de quem cuida é diferente dos demais!
O ato de cuidar do outro pressupõe atitudes e comportamentos que ofereçam assistência com o máximo de segurança, tranqüilidade e oportunidade para o crescimento do indivíduo, com respeito ao ser humano, entendendo as limitações do outro e estando sempre à disposição para servir. Cuidar implica sempre:
• demonstrar interesse pelo outro: interessar-se por alguém;
• ter cuidado com o outro e consigo mesmo;
• respeitar os limites do outro e os seus limites;
• saber lidar com discordâncias e opiniões divergentes da sua;
• não abusar da boa vontade do outro;
• não se aproveitar da fragilidade do outro.
Portanto, é muito mais do que uma ocupação ou profissão. É quase um sacerdócio, pois é uma “função que apresenta caráter nobre e venerável em razão do devotamento que exige” (Dicionário Aurélio) e exige dedicação, organização e disciplina. O cuidador de idosos é a autoridade do cuidado, pois se encontra plenamente habilitado para dirigir o “ritual” do ato de cuidar e zelar pela vida do outro.
Atribuições e Perfil do Cuidador
O Quadro abaixo apresenta as principais atribuições do cuidador de idosos.
– Auxiliar, estimular e realizar as atividades de vida diária de acordo com o grau de dependência do paciente: higiene oral/corporal, alimentação, vestuário, locomoção, medicação, organização do ambiente.
– Incentivar a independência e autonomia do idoso, estimulando-o em todas as atividades que, mesmo com dificuldade, ainda consiga realizar.
– Promover suporte emocional, carinho, atenção e companhia.
– Implementar e executar as atividades orientadas pela equipe de saúde responsável pelo acompanhamento do idoso.
– Administrar medicação conforme prescrição médica e orientação da equipe multidisciplinar.
– Comunicar à equipe multiprofissional qualquer mudança ou intercorrência.
– Tomar as providências necessárias nas situações de emergência.
– Promover as condições necessárias para que o idoso possa estar tranquilo e em segurança.
– Estimular atividades dentro e fora de casa, possibilitando a manutenção das interações sociais. Exemplo: assistir à TV, escutar música, ler ou folhear revistas.
– Acompanhar o paciente em passeios, consultas, intercorrências, etc.
– Conversar, ouvir, fazer companhia e atualizá-lo com informações.
O cuidador de idosos é aquele indivíduo capaz de cuidar de si mesmo e que se encontra preparado para cuidar do outro. Pode ser alguém da família que se dispõe a assumir o cuidado do idoso (cuidador familiar ou informal) ou alguém que é contratado e, consequentemente, remunerado para a atividade (cuidador formal ou profissional).
A legislação brasileira ainda não tem estabelecido os pré-requisitos para a profissão de cuidador de idosos. A Classificação Brasileira de Ocupações (CBO), que tem por finalidade a identificação das ocupações no mercado de trabalho, definiu a atividade como ocupação, podendo receber as seguintes denominações: acompanhante de idosos, cuidador de pessoas idosas e dependentes, cuidador de idosos domiciliares, cuidador de idosos institucionais ou gero-sitter.
Portanto, a atividade é incluída como ocupação ou função e tem suas características e suas funções de como trabalhar com idosos, mas ainda não é uma profissão regulamentada por lei.
Até o momento, as definições prévias exigem que o cuidador de idosos deva preencher os seguintes requisitos para o exercício da atividade:
• possuir no mínimo 18 anos completos;
• conclusão do ensino fundamental ou correspondente;
• haver concluído, com aproveitamento, curso de qualificação profissional reconhecido;
• não ter antecedentes criminais;
• apresentar atestado de aptidão física e mental.
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Independentemente do tipo de cuidador, todos eles devem apresentar um perfil adequado para o ato de cuidar, como pode ser visto no Quadro a seguir:
– Ter boa saúde física e emocional.
– Capacidade para desenvolver bom relacionamento interpessoal.
– Ter postura de autorrespeito e autocuidado, compreendendo suas limitações.
– Reconhecer erros, aceitar críticas e sugestões.
– Ter postura de sensibilidade e responsabilidade social.
– Ser responsável e correto em suas atividades profissionais.
– Consciência da responsabilidade do seu trabalho e respeitar a intimidade do idoso.
– Respeitar os hábitos antigos do idoso, sendo educado e gentil.
– Conhecer-se, tendo autocontrole em situações estressantes, sendo conciliador.
– Ter boa qualificação para a atividade.
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Edite de acordo com sua necessidade e aproveite cuidando ainda melhor dos seus pacientes ou familiares.
Este é um trecho do livro “Fundamentos do Cuidado ao Idoso Frágil” que tem como co-autora Raquel Souza Azevedo, CEO da Helpmy.