Seres humanos, em todas as fases da vida, necessitam do contato tátil, principalmente em momentos de maior estresse e tensão. Para o idoso o toque é ainda mais importante, já que, muitas vezes, passam grande parte do tempo sozinhos e sem muita movimentação. Na comunicação, o toque, demonstra afeto, calor, carinho, atenção e proximidade e, por isso, geram contentamento emocional, físico e social.
Esse contato de carinho deve ser usado de forma que estimule o funcionamento neurológico e melhore a circulação sanguínea do idoso. As massagens são uma alternativa fundamental para trazer benefícios relacionados às limitações que, com o envelhecimento, surgem naturalmente e, esse toque pode impulsionar a produção de hormônios e aumentar a retenção de minerais.
O cuidado tátil traz benefícios emocionais, como:
melhora na autoestima, devolve a vontade de viver, ajuda a combater a depressão, acalma e tranquiliza a mente.
Quanto aos benefícios físicos:
pode amenizar problemas como artrite, artrose, reumatismo, fadiga, dores em geral, reorganiza o corpo.
Com o envelhecimento ocorrem muitas mudanças no nosso organismo, que passa a produzir algumas substâncias em menor escala como hormônios e minerais. Em consequência, ficamos com a pele mais sensível, seca e sem elasticidade, perdemos a habilidade para algumas tarefas de rotina, surgem limitações provenientes do desgaste natural do organismo, como problemas músculos-esqueléticos, que causam dores e desconfortos pelo corpo, e em consequência dessa limitação e da necessidade de ajuda para realizar tarefas podem surgir problemas emocionais.
A massagem, nessa fase da vida, é fundamental. Pode ser massagem com óleos e cremes aromáticos, alongamentos nos dedos das mãos, pés, braços e pernas, sempre com movimentos suaves e adequados ao corpo do idoso, respeitando seu ritmo. A própria pessoa pode e deve estimular sua pele durante uma automassagem, “conversando” com seu corpo.
Usando o toque de uma forma expressiva, genuína e sincera, o cuidador poderá transmitir claramente o apoio prestado, além de facilitar a comunicação com o idoso.

É bom haver toque quando o idoso:
. se sente sozinho;
. está com dor;
. apresenta a auto-estima e a auto-imagem diminuídas;
. está triste e deprimido;
. está com a consciência diminuída.
Algumas situações nas quais é necessário cuidado ao tocar o idoso:
. Se o idoso está confuso – A pessoa com paranóia ou alteração metabólica, por exemplo, pode entender o toque de maneira diferente, como agressão ou sedução.
. Se tem deficiência visual – Como não vê a aproximação, pode se assustar com o contato. É preciso avisá-lo antes.
Quando tocamos alguém, estamos invadindo seu espaço pessoal. Por isso, é importante ficar atento aos sinais não-verbais que demonstram consentimento ou não do idoso em relação a essa invasão, como sua expressão facial, rigidez muscular, direção do olhar etc.
Tenham bastante cautela, mas toquem e estimulem bastante o contato tatil, pois é fundamental para o cuidado e o bem estar dos idosos.